Perdões é +: Caldos, Viola e Violão para aquecer o Inverno

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Caldos, Viola e Violão para aquecer o Inverno

A noite fria do dia 23 foi aquecida e embadalada por delíciosos Caldos e Boa música.

O evento que faz parte da programação deste primeiro Inverno Cultural de Perdões foi orgazizado pelo Rotary Club e contou com a apresentação do Orquestra de Viola e Violão do Cafundó.

O Evento teve poesia e participações especiais.

Na cozinha muita alegria e dedicação

No palco o melhor da música de raiz

Nos olhares... sorrisos. Alegria contagiante...
marca comum em quem tem acompanhado a
programação do Inverno Cultural

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Perdões...

Perdões está localizada na Mesorregião do Oeste de Minas, e na Microrregião de Campo Belo. Limita-se com os município de Santana do Jacaré, ao norte; com Ijaci e Ribeirão Vermelho, ao sul; Santo Antônio do Amparo e Bom Sucesso, a leste e com Cana Verde e Nepomuceno a oeste.

É uma cidade acidentada, situada entre morros e colinas. Está localizada sobre o planalto do Sudeste, na parte denominada Alto do Rio Grande. Sobre o planalto existem várias elevações com denominação local: Serra do Peão, e Serra da Imbreira.

Geomorfologicamente, a área do município está incluída na depressão do Rio Grande. O clima predominante é o tropical. Ocorrem duas estações climáticas: uma de outubro a março, caracterizada por temperaturas mais elevadas e maiores precipitações, outra de abril a setembro, período de inverno e estiagem.

A característica principal da cidade de Perdões, desde sua formação, é sua excelente localização entre Belo Horizonte e São Paulo e fácil acesso. Perdões é cortada por ferrovia, rodovias estaduais, federais e tem possibilidade de navegação fluvial no Rio Grande. Essas características são determinantes no potencial de desenvolvimento da região.

Terra de muitos Talentos... muita História e Cultura

Terra de muitos talentos Perdões se destaca em várias manifestações culturais. Na música encontramos, bandas, duplas e vários grupos musicais. Destaque para duas grandes preciosidades que sustentam arte musical e formam músicos, o coral de 4 vozes, Art’encanto e a grande corporação musical Lira Perdoense, menina dos olhos de todo o povo.

A dança também é muito presente, inúmeros grupos são encontrados pela cidade dançando ritmos diversos, a prática é incentivada pelas academias e escolas do município através de mostras e festivais.

Uma companhia de Teatro, a Chiquita Trupe, mantida pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, proporciona ao povo grandes espetáculos e insere cada vez mais Perdões no universo das Artes Cênicas. A companhia tem se apresentado em vários lugares e levado o nome e a cultura de Perdões a muitos eventos importante no Estado.

Mas não é só isso, o povo perdoense tem também inúmeros artistas manuais que trabalham materiais diversos produzindo muito artesanato. Hoje estes trabalhos são orientados e organizados pelo Centro FACE e a Casa da Cultura.

Um lugar bom de se viver e conhecer...

Perdões além de ser um bom lugar de se viver tem também um grande potencial turístico. Reúne uma série atrativos como um belíssimo casario de singular estrutura arquitetônica que vai do barroco ao moderno, monumentos e arte sacra tombados como patrimônio histórico. Na zona rural são inúmeras as fazendas que conservam belos e imponentes casarões.

São também pontos turísticos a Ponte do Funil e a Bimbarra no Rio Grande atraindo campistas da cidade e região, cachoeiras locais, como Cachoeira do Inferno, e a Torre da Embratel na Serra da Imbira.

Perdões é isso e muito mais, terra de gente forte e solidária, gente amiga e hospitaleira, Perdões é Minas e em Minas tudo é dom, tudo tem um tom e tudo nos faz lembrar desse povo singular de fala mansa e jeito sossegado, de histórias ricas de detalhes. Marcas fortes, alicerces profundos de pedras que os escravos colocaram. Terra de cantos e contos de fogão a lenha... terra de lindas tardes.

Um pouco de nossa história...

Nos caminhos das Gerais Entradas e Bandeiras marcaram a história de muitos municípios mineiros. Nestas paragens a história não foi diferente. Por volta do ano de 1770, quando o mundo caminhava para o desfecho do século XVIII, chegou aqui um homem português, cujo nome era Romão Fagundes do Amaral, hábil minerador e bastante ambicioso.

Sem muito atentar para os editos da Coroa Portuguesa vivia a procura de lugares propícios à exploração de riquezas. Nestas terras minerou e enriqueceu. Cruzou linhas históricas e geográficas e hoje temos vestígios de sua teia entrelaçando Perdões, Cana Verde e Campo Belo.

Segundo a tradição Romão Fagundes se tornou fugitivo por manter garimpos clandestinos sonegando os impostos. Depois de muito se esquivar resolveu não mais viver às ocultas e fez uma promessa à Coroa, pedindo o seu perdão. Este se fosse concebido, seria retribuído com um cachinho de banana de ouro. Romão Fagundes assegurou ainda que mandaria vir de Portugal a imagem do Senhor Bom Jesus. O que de fato aconteceu.

Por iniciativa do Alferes Romão Fagundes do Amaral, foi edificada a Capela Bom Jesus dos Perdões, por volta de 1770, nas proximidades da qual se formou o arraial de Perdões. Desde o início dedicada ao Senhor Bom Jesus essa igreja é a primitiva capela do Senhor dos Perdões. Depois dedicada a Nossa Senhora do Rosário, quando se construiu a Igreja Matriz. Não sabemos contar quantos passos subiram os gastos degraus que conduzem aos retábulos da fé; não sabemos contar quantas pessoas passaram nesta Igreja em busca de esperança e de ressurreição. Não é possível saber nem mesmo quantos descansam sob o telhado tramado da Igreja, primeiro cemitério da paróquia.

A culinária perdoense também é referência cultural...

Tipicamente mineira a cozinha perdoense guarda o sabor indescritível das Gerais. A comida é pura tradição. De geração em geração, através de suas receitas mágicas, é na cozinha que a vida perdoense se transmite e revela suas variadas influências: africanas, portuguesas e indígenas.

O pão de queijo, frango ao molho pardo, carne de porco, arroz combinando com tutu, quiabo, couve e laranja fatiada. São delícias da mesa. A sobremesa não é menos farta e nela está uma das maiores invenções da humanidade: Romeu e Julieta, a perfeita combinação do queijo fresco de Minas com a goiabada. Existem também os licores, feitos de frutas típicas da região, como a jabuticaba.

Como bons mineiros o povo perdoense está sempre pronto para tomar um cafezinho. É claro que o cafezinho preto não é saboreado sozinho ele é acompanhado de pães, broas, bolos, biscoitinhos, docinhos e etc. O café é apreciado também com um pouco de leite.